As Grandes Mulheres da História: Pulseira Amelia Earheart.

As Grandes Mulheres da História: Pulseira Amelia Earheart.

Olá queridas leitoras do Blog Delicata!

Prontas para embarcar na nossa próxima aventura pela vida de uma grande mulher inspiradora?

A homenageada de hoje é uma mulher que marcou seu nome na história fugindo das convenções e buscando liberdade. Lutou contra a dúvida e o desdém de outras pessoas e mostrou que se você acredita em algo, já é meio caminho andado em direção à conquista. Foi pioneira na aviação e defensora dos direitos das mulheres.

Vem comigo conhecer essa mulher incrível!

Quem foi Amelia Earheart?

Amelia Mary Earheart nasceu no dia 24 de julho de 1897 em Kansas, Estados Unidos. Filha de Samuel Edwin Stanton Earheart e Amelia Otis Earheart, era neta de Alfred Otis, um juiz federal que não aprovava o casamento de sua mãe, muito menos o desempenho de seu pai como advogado. Amelia era chamada de “Millie” e sua irmã Grace, dois anos mais nova e sua seguidora fiel, “Pidge. Ambas tiveram uma educação pouco convencional, o que era totalmente desaprovado por sua avó materna que não via com bons olhos por exemplo, o fato de as meninas usarem saias por cima das calças enquanto outras meninas da vizinhança usam vestidos. Amelia adorava as calças, conhecidas na época como “Bloomers”, que eram mais folgadas e lhe davam maior liberdade para se movimentar e explorar a vizinhança em busca de aventuras como escalar árvores e descer encostas de trenó. Muitos diziam que Amelia apresentava tendências masculinas. As meninas brincavam com minhocas, rãs e outras coisas do tipo. Uma vez ela chegou a construir uma rampa, com ajuda de seu tio, que era semelhante a uma montanha russa e descia do telhado da casa de ferramentas. Eis aí o registro de seu primeiro voo: ela desceu a rampa dentro de uma caixa e saiu com um lábio machucado, porém com a sensação maravilhosa de estar voando. Quando seu pai foi transferido no trabalho, Amelia teve seu primeiro contato com o que se poderia chamar de avião. Era um biplano, um tanto quanto envelhecido e enferrujado que, ao contrário do que se podia esperar, não despertou nela a vontade de voar. Mais tarde ela o descreveria como “uma coisa de madeira e fios oxidados, sem atrativo algum”.

Mudanças de vida atribuladas.

Em meio à transferência de seu pai para uma cidade chamada Des Moines, até que estivessem instalados, Amelia e Grace – que passou a preferir ser chamada de Muriel – ficaram com sua avó e passaram a ser educadas por sua mãe e uma governanta. Foi assim que Amelia se tornou uma leitora voraz. Quando finalmente puderam se mudar para Des moines foi que as meninas passaram a frequentar escola pública. Amelia tinha então 12 anos.  Nessa época, as finanças de sua família começaram a melhorar, porem seu pai também começou a apresentar problemas com a bebida e isso o prejudicou no trabalho, de modo que ele foi forçado a se aposentar e investir em sua reabilitação em 1914. Ao mesmo tempo, sua avó materna faleceu, deixando toda sua fortuna para a filha, porém sob custódia, com medo de que o genro “bebesse” sua fortuna. Assim, a casa dos Otis foi vendida e foi nesse momento também que Amelia sentiu que sua infância terminava.

Um ano depois, o pai de Amelia conseguiu um novo emprego, dessa vez em Minessota. Depois foi transferido novamente, de modo que levou as meninas para Chicago, onde então Amelia resolveu colocar uma condição no que dizia respeito à sua educação: ela escolheria a escola onde passaria a estudar. E assim foi. Ela rejeitou escolas que não investissem em ciências, sua preferência naquele momento e assim passou a frequentar o “Hyde Park High School”, onde se formou em 1916.

Amelia nunca deixou de aspirar sua futura carreira. Sempre manteve consigo colagens e reportagens sobre mulheres que investiam em carreiras inicialmente masculinas como advocacia e engenharia. Ela chegou a iniciar uma faculdade, porém não terminou.

Em 1917, Amelia começou a se sentir revoltada com a situação em que voltavam os soldados feridos da Primeira Guerra Mundial, então fez treinamento de enfermeira na Cruz Vermelha e se voluntariou para ajudar em um hospital em Toronto, preparando refeições para pacientes com dieta especial e retirando medicações prescritas na farmácia do hospital. Ela chegou a contrair gripe, pneumonia e a desenvolver sinusite quando houve a pandemia de gripe espanhola. Passou um ano em repouso lendo muito e estudando mecânica.

Amelia cortou os cabelos bem curtos para se sentir melhor na escola de voo

Enfim, os voos.

Foi durante uma Exposição onde uma manobra perigosa foi executada em sua direção que Amelia sentiu que aquele avião queria lhe dizer algo. Em dezembro de 1920, visitando juntamente com seu pai um campo de pouso, ela foi convidada por Frank Hawkis a participar de um voo. E foi ali que ela soube que tinha que voar. Então passou a trabalhar em vários empregos até conseguir juntar o dinheiro necessário para as aulas de voo. Assim ela se dedicou, teve como professora Anita “Neta” Snook, outra pioneira da aviação. Ela obviamente enfrentou preconceito, julgamento e teve que se superar enfrentando o trabalho muitas vezes “duro demais para uma mulher”. Em 1922 ela bateu o recorde de altura de voo para aviadoras, ao voar a 14000 pés. Após isso, ela nunca mais deixou de investir em aviação, mesmo após o divórcio de seus pais e a extinção da herança de sua avó que passou a ser administrada por sua mãe. Nem a falta de recursos fez com que ela desistisse de seu objetivo e então ela se tornou membro da “American Aeronautical Society” em Boston, onde acabou se tornando vice-presidente. Em 1928, uma socialite americana chamada Amy Phipps Guest queria se tornar a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico num voo. Porém, percebendo o perigo da viagem, resolveu patrocinar o que chamou de “uma outra garota com a mesma fibra”. Foi assim que a ideia chegou até Amelia, através do publicitário Hilton R. Railey. Tudo foi esquematizado com um piloto e um copiloto, de modo que Amelia voaria como simples passageira, mas ainda mantida no registro de voo. Como ela não tinha treinamento suficiente para o tipo de avião utilizado, desta vez ela não pilotou a aeronave. A equipe saiu do Canadá em 17 de junho e aterrissou no País de Gales 20 horas e 40 minutos depois. Como era de se esperar, Amelia não ficou nada satisfeita com sua situação de passageira e prometeu tentar isso sozinha mais para frente. Mesmo assim, ela ganhou uma popularidade, chegando até mesmo a ser nomeada de “Rainha dos Ares” por alguns órgãos de imprensa. Essa condição de celebridade lhe ajudou muito a promover a aviação, através de palestras, aparições públicas e até mesmo publicação de livros de sua própria autoria. Além de tudo isso, ela lançou tendências de moda, tendo por muitos anos, costurado suas próprias roupas. Sua linha de roupas chegou a ser vendida em 50 lojas em áreas metropolitanas. As roupas eram desenvolvidas para “quem tinha uma vida ativa”, visando facilidade, leveza e praticidade sem perder a feminilidade. Além disso vários itens promocionais foram produzidos com sua imagem e até mesmo uma linha de bagagens chegou a ser produzida. Ela foi uma empreendedora e tanto!

Mas toda essa diversidade nunca a desviou de seu foco que era ter uma conquista na aviação que fosse só sua. Sendo assim, em 1928 ela se tornou a primeira mulher a efetuar um voo solo de ida e volta pelo continente americano. Desta forma ela foi fazendo seu nome e se tornando cada vez mais reconhecida na área da aviação. Em 1929 ela participou de uma corrida aérea conquistando o terceiro lugar. Em 1930 ela se tornou oficial Associação Nacional de Aeronáutica onde trabalhou ativamente   pelos recordes femininos. Em 1931, quebrou o recorde mundial de altitude voando a 18.415 pés. Nessa época ela também se envolveu com uma organização de mulheres- piloto, as “Ninety-Nines” que se apoiavam na aviação. Em 1929 ela havia convocado uma reunião onde sugeriu o nome “Women’s Air derby”, baseado nos membros constituintes e se tornou assim a primeira presidente desta associação.

Aos 34 anos, em 1932, Amelia partiu de Terra Nova com a intenção de pousar em Paris, porém enfrentou problemas durante a viagem como chuvas fortes e falhas mecânicas, o que a obrigou a descer na Irlanda do Norte. Por este feito, ela ganhou a “Distinguished Flying Cross” do Congresso dos Estados Unidos; a Cruz de Cavaleiro da Legião de Honra do governo Francês e a Medalha de Ouro da National Geographic Society. Neste período ela se tornou muito amiga da primeira dama na época, Eleanor Rossevelt, com quem compartilhava de muitos interesses em comum, especialmente no que se tratava dos direitos das mulheres. Entre outros voôs realizados por Amelia, se destacam o de 1935, onde se tornou a primeira pessoa a voar do Havaí à California. No mesmo ano ela voou sozinha de Los Angeles à Cidade do México; depois bateu o recorde de voo sem escalas da Cidade do México a Nova Iorque.  Em 1935 então ela resolveu que era hora de investir na sua grande realização: o voo em torno do globo terrestre. 

O último voo.

Depois de muita pesquisa e planejamento, seu avião foi reformado de modo a se adaptar ao mais próximo possível do ideal para uma viagem desta dimensão. Não seria o primeiro voo ao redor do mundo, porém o mais longo, devido ao trajeto escolhido. Harry Manning, que tinha sido capitão do navio que trouxe Amelia de volta da Europa em 1928, foi escolhido como navegador. O segundo navegador ficou sendo Fred Noonan, escolhido através de contatos da comunidade da aviação. Ele era o responsável pela elaboração das rotas da maioria dos hidroaviões da época assim como pelo treinamento dos navegadores dessas rotas. O plano consistia em ter Noolan como navegador do Havaí até a Ilha Howland; depois Manning ficaria responsável até a Austrália e o restante do trajeto seria feito somente por Amelia. A primeira tentativa foi feita no dia 17 de março de 1937, porém tiveram problemas com a aeronave, que chegou até mesmo a rodopiar. Houve relatos de explosão de um dos pneus e outros problemas técnicos e, por consequência, o voo dos sonhos foi cancelado. Então, no dia 1 de junho do mesmo ano, foi realizada a segunda tentativa e apenas Noonan foi como tripulante. A rota de voo foi alterada, iniciada ao contrário da primeira e assim, depois de muitas escalas na América do Sul, África, Índia e Ásia, eles chegaram na Nova Guiné no dia 29 de junho. Faltavam apenas cerca de 7000 milhas sobrevoando o Pacífico. Em 2 de julho, eles partiram de Lae, Nova Guiné, com destino a Ilha Howland a pouco mais de 4000 km de distância, onde deveriam entrar em contato com a estação assim que estivessem próximos, para serem guiados de maineira mais eficiente até a ilha. No entanto, uma série de erros e confusões acabou acontecendo. Noonan havia escrito que a comunicação via rádio poderia estar comprometida, Amelia tinha dificuldades para entender o funcionamento da antena Bendix – uma tecnologia muito moderna na época; uma das antenas pode ter se desconectado durante algum momento do voo. A torre conseguia ouvir Amelia claramente, mas aparentemente ela não conseguis escutá-los. Uma das mensagens dela dizia que provavelmente eles já estavam sobrevoando a ilha, poremsem conseguir enxergar, apesar de estar voando a mil pés. Ela solicitava que eles enviassem sinais de voz para que ela pudesse tentar captar. A torre por sua vez, conseguia saber pela intensidade do sinal que a aeronave estava próxima. Mais tarde foi detectado que ela estava longe, cerca de cinco milhas de onde acreditava estar. Da ilha forma gerados sinais de fumaça, mas devido a grande concentração de nuvens ao redor, Amelia e Noonan não conseguiram avistar. Depois disso, várias transmissões foram recebidas, algumas sendo identificadas como chiados apenas, porém mesmo assim, técnicos conseguiram determinar quecaso esses sinais fossem da aeronave de Amelia e Noonan, para esse tipo de transmissão, eles teriam que estar sobre terra, pois a água teria provocado curtos-circuitos impedindo a comunicação. Sinais continuaram sendo transmitidos esporadicamente por 4 a 5 dias após o desaparecimento, mas nenhum claro o suficiente.

Com base nesses poucos sinais e posicionamentos, muitas buscas foram realizadas, porém sem sucesso. Começaram uma hora após o desaparecimento e se estenderam por vários locais próximos, incluindo até mesmo ilhas desabitadas. Nada foi encontrado. Nas ilhas Phoenix, foram encontrados alguns sinais de habitação recente, mas nenhum habitante respondeu às tentativas de contato das equipes de busca. A procura se seguiu até o dia 19 de julho de 1937. Foi uma das operações de busca mais caras da época, porém técnicas e equipamentos rudimentares somados a informações imprecisas e erros de cálculo, relatórios baseados em “imagem”, já que a preocupação dos indivíduos era de como a imprensa descreveria seus papeis na busca de um herói americano acabou de maneira decepcionante. Nenhuma evidência física, de Amelia, Noonan ou da aeronave foi encontrada.  E assim, a menina que queria voar e queria que outras mulheres como ela voassem também, foi declarada morta no dia 5 de janeiro de 1939.

Pulseira Amelia Earheart.

Amelia Earheart se tornou uma celebridade reconhecida internacionalmente. Timidez unido ao carisma, independência, persistência, coragem no agir, resistência sob pressão e claeza de objetivos jutamente com todo o mistério em torno de seu desaparecimento fizeram sua fama na cultura popular. Muitos livros e artigos foram escritos sobre sua vida e ela é sempre uma inspiração, exemplo de motivação principalmente para mulheres. Amelia Earheart se tornou um ícone.

E é por esse motivo que ela entrou para o nosso rol das Grandes Mulheres da História; para que através de uma das nossas semi-joias, você, mulher que sonha em ser livre e lutar contra convenções e limitações, pudesse ter uma pulseira maravilhosa que leva o nome da nossa homenageada. Seu modelo leve, o formato aerodinâmico que lembra pequenas asas, são perfeitos para você que quer alçar seus próprios voos, seja voando como nossa piloto ou com os pés bem firmes no chão. Linda a pulseira Amelia Earheart, né?

Comenta aí embaixo pra gente o que vocês acharam da nossa homenagem e homenageada? Espero que tenham curtido.

Até a próxima!

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